A ex-doleira Nelma Kodama, condenada pela Lava Jato, afirmou que não guarda ressentimentos da operação que a manteve presa por dois anos em Curitiba e ainda desejou “boa sorte” ao ex-juiz federal Sergio Moro no Ministério da Justiça — ele a sentenciou a 18 anos por lavagem de dinheiro, organização criminosa, evasão de divisas e corrupção ativa.
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“Desejo a ele boa sorte, que consiga, de fato, prender os corruptos que saquearam os cofres públicos”, disse Nelma em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Uma das primeiras pessoas presas pela operação mais famosa do país, a ex-doleira classificou como “extremamente competentes” algumas pessoas ligadas à PF que foram anunciadas por Moro na pasta, como Erika Marena e Luciano Flores. Ela também sugeriu outros nomes, incluindo o delegado Márcio Anselmo, responsável por sua prisão, e Newton Ishii, conhecido como “japonês da federal”.
“Acho que ele (Moro) deveria convocar o Márcio Anselmo, que tem uma expertise muito grande, principalmente em crime financeiro e é uma pessoa que admiro muito. Fica a sugestão”, afirmou.
Nelma ficou presa na Superintendência da PF de Curitiba entre março de 2014 e junho de 2016, quando fechou acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato. Atualmente ela cumpre pena no regime semiaberto monitorada pela tornozeleira eletrônica.