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Moro rebate Jean Wyllys e nega omissão diante de ameaças

Publicada em 29/01/19 às 07:46h

por Yahoo


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 (Foto: vbombom.com.br)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou nota no último sábado (26) lamentando a decisão do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) de desistir de seu mandato e deixar o país por causa de ameaças. A pasta, chefiada pelo ex-juiz Sergio Moro, rebateu a acusação do parlamentar sobre omissão das autoridades.

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A nota informa que Marcelo Valle Siqueira Mello, membro do grupo autointitulado “Homens Sanctos”, foi preso em 2018 por fazer ameaças contra Wyllys e que, portanto, a acusação sobre omissão “não corresponde à realidade”.

Em carta a seus companheiros de partido, Jean Wyllys afirmou que as ameaças de morte a ele e familiares se intensificaram no último ano e que a Polícia Federal e o Estado Brasileiro se calaram diante das denúncias.


Ainda segundo o ministério, a PF instaurou vários inquéritos para apurar as ofensas e ameaças entre 2017 e 2018. As investigações, ainda em andamento, identificaram Siqueira Mello, que usava a identidade de Emerson Setim para ofender o parlamentar.

A nota da pasta de Moro repudia também a conduta dos que se valem do anonimato da internet para ameaçar qualquer pessoa, “em especial por preconceitos odiosos”. Jean Wyllys foi o primeiro parlamentar assumidamente gay a defender a causa LGBT no Congresso.

O deputado, um dos principais opositores do presidente Jair Bolsonaro, anunciou na última quinta-feira (24), que não vai assumir seu terceiro mandato e deixará o país por temer por sua própria vida. Em março do ano passado, a vereadora Marielle Franco, do mesmo partido de Jean Wyllys, foi executada a tiros no centro do Rio de Janeiro. As investigações sobre o crime ainda estão em andamento.

Com a decisão de Jean Wyllys, quem deve assumir a cadeira de deputado federal no próximo dia 1º é o jornalista e vereador David Michael Miranda (PSOL), de 33 anos. Ele é o primeiro suplente do partido no Rio de Janeiro.
Gay e ativista do movimento LGBT, Miranda exerce mandato na Câmara Municipal do Rio desde 2016.










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