A fibromialgia caracteriza-se por um quadro de dor crônica espalhada por todo o corpo: são 18 pontos sensíveis na região do pescoço, ombros, nádegas, cotovelos, posterior dos joelhos e membros inferiores. Como é uma doença complexa e polissintomática, o diagnóstico geralmente é feito por exclusão de outros problemas com sintomas parecidos, como artrite reumatóide, artrose e doença muscular inflamatória (polimiosite).
Carlos Maurício de Castro Costa, presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), afirma que um profissional experiente é capaz de fazer um diagnóstico mais preciso. “Não é só a dor muscular, envolve questões físicas e psicológicas”, insiste o médico. Entre os alertas para a doença estão:
- Dor difusa pelo corpo por mais de três meses;
- Fadiga;
- Distúrbios do sono;
- Quadros depressivos.
De acordo com o especialista, a fibromialgia é mais comum em mulheres, provavelmente pelo fato de terem alterações hormonais e devido à composição corporal – tecido adiposo (gordura), menos massa muscular, variações endócrinas mensais etc. A prevalência varia entre 2% a 12% na idade adulta. “Pode aparecer em todas as idades, sendo mais comum por volta dos 60 anos”, conta Costa.
Como diagnosticar a fibromialgia
Especialistas como reumatologistas, ortopedistas e fisiatras estão aptos para acompanhar a fibromialgia. O diagnóstico pode incluir testes dermatológicos e radiológicos, densitometria óssea, além de exames de sangue para checar perda de determinadas enzimas, como a CPK dos músculos. Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia muscular.
O tratamento é baseado nos sintomas, quando o médico poderá prescrever remédios para dor, antiinflamatórios e antidepressivos, além de fisioterapia e acupuntura.
Apesar da fibromialgia não apresentar risco de morte, ela causa incapacitação e comprometimento da qualidade de vida. O acompanhamento médico vai auxiliar o paciente a:
- Aceitar o problema;
- Ser ativo em seu tratamento;
- Seguir corretamente a indicação de dosagem de medicamentos;
- Aceitar apoio psicológico (ou psiquiátrico) e terapia física.