A esclerose múltipla afeta atualmente cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, cerca 40 mil pessoas têm a doença.
Para quem não conhece, a EM é uma condição autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central).
Isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com "intrusas", e as ataca provocando lesões.
Isso pode resultar em fraqueza muscular, fadiga, problemas de coordenação e dor crônica.
Na esclerose múltipla, as lesões nos nervos causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo.
Como, ainda, não existe cura para a doença, o método de ação para pessoas com esclerose múltipla é suprimir o sistema imunológico com produtos farmacêuticos.
Como o cérebro não pode ser reparado, como outros órgãos vitais, e o alto preço dos remédios também vem com uma lista de efeitos colaterais.
A doutora Su está trabalhando para encontrar uma solução.
A abordagem de Su é o que ela chama de “golpe duplo”.
A doutora está encontrando uma maneira de reverter a autoimunidade e também reparar os danos causados no cérebro.
O problema é que depois de muitas pesquisas, doutora Su descobriu que o LIF só poderia sobreviver por 20 minutos antes de ser quebrado pelo corpo, o que significa que não haveria tempo suficiente para as ações terapêuticas serem implementadas.
É aqui que entra a tecnologia das nanopartículas.
Uma combinação de LIF e nanopartículas é compatível com o corpo, e elas se dissolvem lentamente como pontos solúveis.
As nanopartículas se tornam o dispositivo de entrega que administra o LIF durante um período de cinco dias.
Segundo Su, “a nanopartícula em si é um ambiente protetor, e as enzimas que a decompõem não podem acessá-la. Você também pode decorar a superfície das partículas com anticorpos, por isso, torna-se um dispositivo que pode ser direcionado para partes específicas do cérebro. Então você recebe a dose certa, no lugar certo e na hora certa.”
As próprias partículas foram desenvolvidas na Universidade de Yale, mas a LIFNano tem a licença mundial para implantá-las.
Essa pode ser a cura definitiva para a esclerose múltipla.
“Não estamos usando nenhuma droga, estamos simplesmente ligando os próprios sistemas do corpo de autotolerância e reparo. Não há efeitos colaterais, porque tudo o que estamos fazendo é regular a balança ou equilibrar a imunidade do corpo", explica a doutora Su Metcalfe.
"A autoimunidade acontece quando a balança está um pouco errada e nós simplesmente redefinimos isso. Depois se torna autossustentável e não é preciso continuar fazendo terapia, porque o corpo tem seu equilíbrio de volta.”
Este blog de notícias sobre tratamentos naturais não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.