O câncer é sempre um assunto delicado.
Seja pela complexidade da doença, o impacto causado pelo seu diagnóstico, as possibilidades de tratamento alternativo ou não e, muitas vezes, pela tristeza de saber das poucas chances de cura do paciente.
Esse era o caso do norte-americano Joe Tippens.
Em 2016, ele foi diagnosticado com câncer de pulmão.
E, em menos de um ano, já havia se espalhado por todo o seu corpo: estômago, pescoço, fígado, pâncreas, bexiga e ossos.
Desenganado pelos médicos, Joe tinha certeza de que não viveria mais do que três meses.
“Quando esse tipo de câncer chega tão longe, as chances de sobrevivência são inferiores a 1% e a expectativa média de vida é de três meses”, disse Tippens.
Foi então que Joe viu seu destino mudar.
Um veterinário convocou, em um fórum on-line da Universidade de Oklahoma, pessoas com câncer ou que conhecessem alguém que tivesse a doença.
Tippens leu o post e não perdeu tempo: entrou em contato com o autor da postagem.
É que cientistas descobriram, acidentalmente, que um antiparasitário para cães (remédio para matar vermes) consegue combater também o câncer em camundongos.
Ele resolveu fazer a tentativa e começou a tomar o fenbendazol (ou fenbendazole), pagando apenas 20 reais por semana (5 dólares).
Poucos meses depois, Joe fez um novo exame e quase caiu para trás com os resultados, absolutamente surpreendentes.
Não havia mais câncer, em nenhuma parte de seu corpo.
Ele era o único paciente nos ensaios clínicos a conseguir curar-se daquela maneira.
“Eu geralmente sou cético, e eu era e talvez ainda sou sobre isso”, disse Stephen Prescott, presidente da Fundação de Pesquisa Médica de Oklahoma. “Mas há um pano de fundo interessante nisso.”
Tanto que a Fundação de Pesquisa Médica de Oklahoma vem se aprofundando no caso de Joe e como sua experiência pode ajudar outras pessoas.
Mas a relação entre o fenbendazol e o câncer ainda gera dúvidas e não há garantia alguma de que ela, efetivamente, cure a doença.
Joe Tippens tomou o remédio para cães com suplementos diários de vitamina E, cúrcuma e canabidiol.
Ele também estava tomando um medicamento experimental para combater o câncer.
Agora, Tippens está compartilhando sua história em um blog online que foi lido mais de 100.000 vezes.