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Interação medicamentosa: porque um simples chá de ervas pode ser perigoso quando se toma remédio

Publicada em 20/12/19 às 09:46h

por GreenMe


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Entenda por que remédios caseiros – mesmo que naturais e aparentemente inocentes, como um chá por exemplo – podem ser perigosos se tomados com outros medicinais, podendo causar reações adversas, anular ou aumentar os efeitos farmacológicos dos medicamentos, causar intoxicações, e ser muito perigoso para a saúde. Fique de olho!

Toda planta produz em seu metabolismo secundário substâncias químicas, que são de profundo valor farmacológico dentro da pesquisa. Tais substâncias são facilmente extraídas a depender do tipo de solvente (líquido) empregado para tal, de acordo com a finalidade do uso.
Infusões ingeríveis, como chás são preparados com água e as substâncias a serem extraídas das plantas são de igual característica ao solvente, – sendo a água um solvente polar, serão extraídas da planta moléculas polares – desta forma, tem-se um extrato aquoso de uma determinada droga de origem vegetal, e aí mora o perigo!
Índice
Era só um chazinho
E o que seria?
Exemplos de Interação medicamentosa
Fica a dica!
Era só um chazinho
A maioria das pessoas, por achar que os chás, uma vez sendo elaborados com plantas, não são nocivos ou não fazem mal, tomam infusões de maneira indiscriminada, sem entender que por possuírem substâncias químicas poderão sim, gerar injúrias como intoxicações graves, de acordo com concentração e/ou tipo de molécula.
Todavia, isto é algo presente na própria indústria e no modelo atual de comercialização, chás são vendidos como alimentos, isto mesmo, alimentos… Por serem de fácil acesso, pessoas escolhem os seus nas prateleiras de mercados, sem se dar conta que isto, poderá implicar em algo muito delicado em sua biologia, a tal da interação medicamentosa!
E o que seria?
Basicamente é quando um grupo químico (substância ou molécula) interage com outra(s) levando a três possíveis formas, que são:

Potencialização da ação da outra substância;
Perda de efeito por ações opostas;
Alteração na absorção, transformação no organismo ou excreção de outra substância.
Logo, o processo de interação medicamentosa é um fato já bem elucidado em estudos farmacológicos, principalmente no tocante ao uso indiscriminado de chás enquanto se ingere regularmente algum alopático (remédio ou fármaco sintético) podendo levar a um dos casos supracitados.
É de suma importância buscar orientação médica/farmacêutica no que concerne a possíveis ingestões de infusões, isto se a pessoa faz uso regular de alguma droga (fármaco), para que não haja surpresas desagradáveis.
Toda substância passa por alguns processos até ser absorvida, isto é, quando atingem a corrente sanguínea, até sua ligação no receptor celular para execução de sua atividade biológica. Por isso existem diversos tipos e maneiras de aplicações, seja ela oral por gota, comprimidos sublinguais, de ingestão, cada um terá um processo para o desenvolvimento de seus efeitos, porém o fim é a ligação no tecido específico (local para onde vai a molécula).
Mas, na existência de uma substância que gere interação algumas destas etapas da “viagem” do princípio ativo no organismo podem ser interrompidas.
Existem extensos trabalhos demonstrando exemplos de plantas e suas interações com diversas drogas. No entanto, alguns autores esclarecem que os chás industrializados possuem certa alteração em suas substâncias, o que não levaria a possíveis interações, todavia, é sempre de bom alvitre o esclarecimento com profissional gabaritado.
Exemplos de Interação medicamentosa
Alho (Allium sativum L.) diminui níveis plasmáticos (no sangue) de fármacos anti-retrovirais (utilizados no tratamento de HIV), como Aprenavir e Nelfinavir.
Boldo-do-Chile (Peumus boldus Molina) atua diretamente na inibição da cascata de coagulação (agregação plaquetária) interagindo portanto, com anticoagulantes.

Camomila (Matricaria chamomilla L.) potencializa efeitos sedativos de medicamentos, como benzodiazepínicos.
Cáscara-sagrada (Rhamnus prushiana DC.) por intensificar o trânsito gastrintestinal, afeta a absorção de medicamentos administrados por via oral.
Dente-de-leão (Taraxacum officinale G. Weber ex. Wigg) possui grande interação com fármacos diuréticos, sua interação acaba por potencializar a ação diurética dos mesmos.
Valeriana (Valeriana officinalis L.) potencializa efeitos sedativos de medicamentos ansiolíticos e hipnóticos, como benzodiazepínicos e barbitúricos.
Gingko (Gingko biloba L.) ativa a ação de medicamentos como ibuprofeno e naproxeno, diminui a ação biológica de anticonvulsivantes, intensifica efeitos farmacológicos de antidepressivos, a interação de Gingko com trazodona pode levar a estado de coma.
Estes são alguns exemplos de interações, deu para ver a importância deste conhecimento?
Este processo de cinética molecular no organismo fica ainda pior se a pessoa ingere os denominados fitofármacos, que são remédios produzidos com substâncias, muitas das vezes, isoladas das plantas, tais efeitos serão ainda mais severos, portanto muitíssima atenção neste quesito!
Fica a dica!
Antes de ingerir um chá, se fazes uso regular de algum medicamento, pergunte ao seu médico ou procure um farmacêutico.
“A diferença entre o remédio e o veneno está na dosagem”.









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