Você sabia que o álcool em gel foi criado por uma mulher? Sim, tudo indica que a solução mais requisitada dos últimos tempos foi inventada pela estudante de enfermagem, Lupe Hernandez.
Em 1966, a jovem latina Lupe Hernandez, estudava enfermagem em Bakersfield, na Califórnia. Preocupada com a disponibilidade de água e sabão para os profissionais de saúde, a jovem enfermeira idealizou e criou uma das soluções mais práticas e eficientes para higienizar as mãos: o álcool em gel.
A invenção de Lupe tornou-se um grande sucesso, mas infelizmente não há registros concretos desse feito. A única menção à estudante consta no livro de enfermagem The Growth and Development of Nurse Leaders, Second Edition, publicado em 2019.
Apesar dessa incógnita, Lupe Hernandez recebeu a atenção de vários periódicos nos últimos meses, pois alguns jornais e sites dos Estados Unidos e do Reino Unido tentaram saber mais sobre a jovem, porém sem sucesso.
Não se sabe o paradeiro da jovem, nem se ela ainda está viva. No entanto, o site Veja Saúde divulgou em maio que Lupe Hernandez será uma das homenageadas nos quadrinhos de Mauricio de Sousa, no projeto Donas da Rua.
Esse projeto visa exaltar a história de grandes mulheres da história e nesses tempos de pandemia está com o foco nas área da saúde e da ciência.
É uma pena mesmo que a homenageada da vez não possa colher os créditos de uma contribuição tão importante para a humanidade. Se foi ela mesma quem inventou o álcool em gel, porque não reivindicou a patente? Fica o mistério…
Por que o álcool em gel funciona?
De acordo com a médica Ana Freitas Ribeiro, diretora da Central de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o álcool em gel precisa ter uma concentração de 70% de álcool para conseguir matar vírus e bactérias.
Se a concentração de álcool for maior do que 70%, ele perde a função microbicida, pois desidrata a célula sem destruir o microrganismo. Além disso, é importante que o álcool seja em gel, pois ele contém substâncias que evitam o ressecamento da pele das mãos.
Já o álcool líquido deve ser utilizado apenas para limpar superfícies, pois além de ser totalmente volátil, evapora antes de matar o patógeno e pode ressecar a pele.
Importante frisar que, apesar de possuir ação residual, o álcool em gel não substitui a lavagem das mãos. É necessário higienizar as mãos com frequência, principalmente após tossir, espirrar, tocar superfícies, antes de comer e depois de usar o banheiro.