Provavelmente você já deve ter ouvido falar em sonambulismo, que nada mais é do que um distúrbio do sono.
Nesse transtorno, as funções motoras da pessoa acabam despertando, ela acaba se levantando e realizando atividades enquanto ainda está dormindo.
O sonambulismo infantil, assunto do texto de hoje e também o mais comum, geralmente acontece entre os três e 10 anos de idade.
Nesse período, a criança está desenvolvendo intensamente o seu sistema nervoso, que reflete diretamente no sono.
Segundo o Instituto Brasileiro do Sono, cerca de 15 a 30% das crianças passam por um distúrbio de sonambulismo.
Desses dados, em média 3 a 4% acabam evoluindo e tendo episódios repetitivos, podendo se estender até a fase adulta.
No entanto, são raros estes casos e normalmente, essas condições desaparecem na puberdade.
Geralmente, um episódio de sonambulismo infantil ocorre após duas horas da criança pegar no sono.
Durante o episódio, a criança está dormindo, porém, fica com olhos abertos e fixos para o “nada”.
Ela realiza atividades como se estivesse acordada, como, por exemplo:
Se sentar na cama;
Abrir portas, janelas e/ou gavetas;
Correr pela casa;
Comer;
Falar frases sem sentido;
Urinar em locais inadequados.
Causas do sonambulismo infantil
Ainda não existem causas definidas para esse transtorno, todavia, a imaturidade do sistema nervoso central pode estar relacionada.
Além disso, fatores genéticos, noites mal dormidas, febre, estresse e vontade de fazer xixi durante os os, também podem ter relação com o problema.
O sonambulismo infantil é perigoso?
O transtorno em si não é perigoso para a saúde, no entanto, pode causar algumas consequências.
Dentre elas, podemos citar uma queda no rendimento escolar, devido às noites mal dormidas e sedentarismo.
Além disso, uma criança sonâmbula corre o risco de sair de casa no meio da noite a acabar se perdendo ou até mesmo sofrer um acidente dentro ou fora da casa.
Cuidados e tratamento
Embora seja uma fase que vai passar, mas, pelo fato de a criança ficar andando pela casa durante o sono, pais ou responsáveis devem adotar algumas medidas de segurança.
Afinal, não existe um tratamento específico, com exceção de casos graves.
Nesse caso, é necessário o acompanhamento de um neuropediatra e alguns medicamentos prescritos pelo profissional.
Porém, os pais devem tomar alguns cuidados todas as noites, como :
Regular os hábitos de sono da criança, estabelecendo um horário para dormir e acordar;
Não deixar a criança comer e nem beber nada antes de dormir, sempre algumas horas antes;
Evitar brincadeiras agitadas antes de ir para a cama e aparelhos eletrônicos como celular, computador, e televisão;
Mantenha o quarto da criança livre de objetos e/ou móveis que ela possa tropeçar e cair;
Mantenha objetos cortantes como facas e tesouras fora do alcance das crianças, bem como objetos e pontiagudos e produtos químicos;
Deixe as portas e janela bem trancadas, como também, feche as saídas para sacadas, evitando uma possível queda;
Ao encontrar a criança perambulando pela casa, não sacuda e nem tente acordá-la, evitando que ela fique nervosa;
Quando isso acontecer, apenas a acompanhe até a cama e aguarde que ela adormeça.