Em 29 de setembro, celebramos o Dia Mundial do Coração, uma data dedicada à reflexão sobre a saúde deste órgão. A campanha é para conscientizar a sociedade quanto à alta prevalência* das doenças cardíacas na população e sua gravidade. Trata-se, sem dúvida, de uma questão de saúde pública.
Os números previstos para as doenças do coração em nosso país, em 2021, são extremamente preocupantes, chegando a 14 milhões de pacientes portadores de doenças cardiovasculares, com cerca de 400.000 mortes no ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O infarto agudo do miocárdio, as arritmias cardíacas, as doenças cardíacas estruturais, como, por exemplo, doenças valvares e defeitos congênitos e a insuficiência cardíaca são algumas das doenças que afetam o coração. Geralmente, elas requerem internações hospitalares e procedimentos de alta complexidade como:
o cateterismo cardíaco;
angioplastias coronarianas com stents;
trocas valvares percutâneas;
correções de defeitos cardíacos congênitos;
cirurgias cardíacas;
estudos eletrofisiológicos; e
implantes de marcapassos.
Prevenção
Hoje, o Sistema de Saúde da Marinha dispõe de ampla estrutura para o tratamento das doenças do coração, mas, com certeza, é muito melhor preveni-las. Por isto, o engajamento da sociedade na prevenção das doenças cardiovasculares é muito importante e terá como consequência a preservação de milhares de vidas.
Estudos científicos recomendam que a prevenção das cardiopatias comece ainda na infância, pois sabemos que a aterosclerose (processo de depósito de gordura nas artérias) começa ainda na infância e se manifestará como doença cardiovascular na fase adulta. Este é um fato que devemos considerar em relação às crianças, pois tem sido observado um significativo aumento da obesidade infantil no Brasil. Ainda devemos notar que a incidência das doenças cardiovasculares nos jovens e nas mulheres tem se elevado nos últimos anos.
Quando nos referimos à prevenção, estamos apontando para medidas eficazes no combate aos fatores de risco para doença cardiovascular como:
controlar a pressão arterial e a diabetes;
controlar os níveis de colesterol e triglicerídeos;
reduzir peso corporal;
cessar o tabagismo; e
lutar contra o sedentarismo e estados de estresses.
As medidas que protegem o coração devem ser adotadas o mais precocemente possível, especialmente as que abordam a prática de atividades físicas regulares, a dieta balanceada e o abandono do tabagismo.
Atividades físicas regulares, de 3 a 5 vezes por semana, promovem redução importante dos riscos de doenças cardíacas. Tais medidas cardioprotetoras devem estar associadas às consultas regulares multidisciplinares com profissionais de saúde e à perfeita adesão por parte do paciente ao tratamento proposto.
Portanto, Família Naval, é tempo de proteger nossos corações com as medidas acima e mantê-los saudáveis.