Alguma vez você já se perguntou por que sua amiga pode comer laticínios sem efeitos colaterais enquanto você sofre de inchaços?
Ou então, como uma pessoa pode emagrecer bastante com jejum intermitente, enquanto outra não faz nenhuma diferença?
O fato é que milhões de pessoas tentam e continuarão tentando seguir um plano de dieta a cada novo ano.
Talvez você esteja entre esses milhões que se interessaram por dieta cetogênica, vegana, atkins, mediterrânea ou uma das muitas outras dietas que existem.
É provável que você tenha passado algum tempo tentando diferentes combinações de alimentos ou reorganizando a programação alimentar.
E mais, com o argumento de que tudo valeria a pena porque a próxima será a dieta que vai funcionar.
No entanto, agora você não vê os resultados que esperava…
Mas há uma razão pela qual a dieta escolhida pode ser decepcionante.
A verdade é que nossos corpos são diferentes e cada um de nós tem um organismo que reage de uma forma específica.
Embora uma determinada dieta possa fazer sua irmã, prima, amiga ou colega de trabalho se sentir incrível, pode não ser o que você precisa.
O fato é que a gente mais deseja é abandonar dietas e comer tudo o que faz nosso corpo se sentir bem…
Mas pode haver uma explicação para o fato de diferentes maneiras de comer funcionarem para cada pessoa.
O que é a dieta do tipo sanguíneo?
A dieta do tipo sanguíneo, criada pelo doutor Peter J. D’Adamo, tem como objetivo buscar soluções alimentares para o tipo sanguíneo de cada pessoa.
Em vez de olhar para uma dieta como uma solução para todos, a dieta do tipo sanguíneo estuda o tipo sanguíneo de cada pessoa e usa essa informação como base para uma nutrição adequada.
Isso prova que as dietas não são um método único para todos. Quer saber se realmente a Dieta do Tipo Sanguíneo vale a pena? Então, continue lendo até o final.
O dr. D’Adamo explica em seu livro A Dieta do Tipo Sanguíneo que existem quatro tipos de sangue universais: Tipo O, Tipo A, Tipo B e Tipo AB.
Cada um desses tipos possui um antígeno diferente com sua própria estrutura química.
Então, seu tipo de sangue desempenha um papel enorme em como você absorve os nutrientes que consome no dia a dia.
Isso significa que seu sangue não afeta apenas a maneira como você responde a bactérias, doenças, infecções e estresse, mas também a resposta do corpo, independentemente de você comer um sanduíche ou ovos no café da manhã.
Recomendações para cada tipo sanguíneo
Em sua pesquisa, o doutor D’Adamo descobriu que diferentes alimentos têm diferentes lectinas, e que elas produzem uma reação química entre o que comemos e o nosso sangue.
Às vezes, a reação nos deixa satisfeitos e energizados, enquanto outras vezes, nos faz sentir sintomas desagradáveis como fadiga, indigestão e inchaço.
A Dieta do Tipo Sanguíneo examina como diferentes lectinas nos alimentos são absorvidas por diferentes tipos sanguíneos.
Portanto, comer com base no seu tipo sanguíneo pode aumentar a ingestão de nutrientes, melhorar a saúde intestinal, a digestão e apoiar a função imunológica geral, de acordo com o Dr. D’Adamo.
Claro, a nutrição é apenas uma peça de todo o quebra-cabeça que é o corpo humano.
Qualquer método de bem-estar é incompleto sem levar em consideração o papel do estresse e do exercício.
Ou seja, podemos comer toda a comida saudável que estiver à nossa frente, mas, a menos que também consideremos amenizar os altos níveis de estresse e deixar o sedentarismo de lado, não nos sentiremos na nossa melhor versão.
O Dr. D’Adamo então, incluiu uma pesquisa sobre como diferentes tipos de sangue precisam de diferentes formas de exercício para lidar com o estresse, bem como um plano de práticas e exercícios para cada tipo de sangue.
Se você tem o tipo sanguíneo AB
Para quem tem o mais raro de todos os tipos de sangue, o Tipo AB, o plano requer uma combinação dos planos Tipo A e Tipo B.
Ao contrário do Tipo A, a carne em pequenas porções pode ser muito benéfica. Uma dieta equilibrada com todos os alimentos funciona para o seu sistema – incluindo laticínios, grãos, frutas e vegetais.
O segredo do Tipo AB é o tamanho e a frequência das porções, portanto o ideal é consumir refeições menores, porém com mais frequência.
Já sobre o exercício físico, as pessoas do Tipo AB herdaram um padrão de estresse do Tipo A.
Portanto, o dr. D’Adamo recomenda seguir o plano de exercícios Tipo A, que faz uso de movimentos suaves para ajudar a diminuir o estresse do cotidiano.
Se você tem o tipo sanguíneo A
Para as pessoas de Tipo A, o doutor D’Adamo recomenda limitar a ingestão de carne e laticínios, pois são mal digeridos, mas quantidades moderadas de frutos do mar (3 a 4 vezes por semana) podem ter efeitos benéficos.
Aqui, o ideal é se concentrar mais em alimentos vegetais como legumes, frutas, sementes, nozes, grãos, etc.
As pessoas de Tipo A podem tolerar produtos de trigo e glúten mais do que outros tipos de sangue.
Mas não devem comer em excesso, para não prejudicar os músculos.
Para o exercício, as pessoas de Tipo A podem trabalhar movimentos suaves e de meditação diária, para ajudar a controlar o estresse, como tai chi chuan, ioga, caminhada, alongamento ou pilates.
Se você tem o tipo sanguíneo B
As pessoas de Tipo B podem se beneficiar de uma dieta balanceada de todos os tipos de alimentos, incluindo carne, laticínios, frutos do mar e grãos.
No entanto, o doutor D’Adamo sugere reduzir o consumo de milho, trigo sarraceno, lentilhas, amendoim e sementes de gergelim, pois eles contêm uma certa lectina que afeta a eficiência do seu processo metabólico.
Ou seja, isso resulta em fadiga, retenção de líquidos e hipoglicemia.
Quanto à prática regular de exercício físico, as pessoas que possuem sangue do Tipo B são capazes de lidar bem com o estresse.
Elas se saem melhor com atividades moderadas, como caminhada, ciclismo, tênis, ioga, corrida ou treinamento com pesos leves.
Se você tem o tipo sanguíneo O
O dr. D’Adamo descobriu que as pessoas com sangue tipo O respondem melhor a uma dieta baseada em proteínas animais, evitando laticínios e grãos.
“As pessoas de Tipo O podem digerir e metabolizar com eficiência carnes e frutos do mar porque tendem a ter alto teor de ácido estomacal”, explicou.
Mas é importante equilibrar os alimentos à base de carne com vegetais e frutas para evitar o excesso de acidez.
Já quando falamos de atividade física, para esse tipo sanguíneo, ele recomenda exercícios físicos intensos como o HIIT ou musculação, porque “torna o tecido muscular mais tonificado e produz uma taxa mais alta de queima de gordura”.
A dieta do tipo sanguíneo vale a pena?
A Dieta do Tipo Sanguíneo parece seguir um caminho muito interessante, mas você pode usá-la como ponto de partida ou uma forma de experimentar e descobrir o que funciona melhor para o seu corpo.
Você não precisa seguir um plano novo a cada dieta que vê na internet, porque como falamos logo no início, não existe uma dieta que atenda a todos.
Então, a Dieta do Tipo Sanguíneo pode ajudar algumas pessoas, mas não é necessariamente a melhor para todas as pessoas.
Existem outros fatores que determinam como digerimos os nutrientes além do tipo sanguíneo, como os hormônios, por exemplo.
Concluindo, a melhor maneira de determinar quais alimentos comer e quais exercícios fazer é ouvir seu corpo e procurar um especialista em nutrição.
Observar o seu tipo sanguíneo para obter informações sobre nutrição pode fazer você se sentir incrível, mas os mesmos efeitos também podem ser alcançados de outras maneiras.
A Dieta do Tipo Sanguíneo não é necessariamente para todos, mas mostra que as dietas precisam ser mais personalizadas e atender ao tipo de corpo, preferências alimentares e histórico biológico de cada pessoa.
Afinal, nossos corpos são todos diferentes e a forma como comemos deve atender a essa singularidade.
Se você está pensando em experimentar a Dieta do Tipo Sanguíneo, converse com seu médico e saiba que seu corpo é sempre o especialista número 1 sobre quais alimentos e exercícios são melhores para você.