Será possível diminuir os sintomas desse distúrbio e oferecer maior qualidade de vida?
A família de Ethan Fox afirma que sim.
O menino começou a mostrar sinais de recuperação do autismo depois que teve a dieta alterada, deixando de consumir glúten e laticínios.
O conselho partiu do dr. Kenneth Bock, que é especialista em autismo e autor de “Healing The New Childhood Epidemics. Autism, ADHD, Asthma and Allergies”(Curando as Novas Epidemias da Infância: Autismo, TDAH, Asma e Alergias: O Programa Inovador para os Transtornos 4-A).*
Além do autismo, essa dieta pode ajudar pacientes com TDAH, asma e alergias.
A dica é simples, mas pode ajudar 60% das crianças autistas.
Você com certeza já ouviu falar que autismo está diretamente relacionado ao aumento de vacinas.
Essa afirmação causou polêmica em vários países.
Mas o fato é que o número de crianças autistas só faz crescer nas últimas décadas.
Só nos Estados Unidos, o autismo aumentou mais de 2.700% desde 1991.
Antes de 1991, 1 a cada 2.500 crianças era diagnosticada com a doença.
Agora, 1 a cada 91 crianças é diagnosticada com a doença.
No seu livro, o doutor Kenneth Bock defende a tese que a dieta pode ajudar bastante no tratamento desse problema.
Basta retirar dois alimentos: glúten e laticínios.
Os pais do garoto Ethan acreditaram na tese do doutor Bock e a colocaram em prática.
O resultado foi excelente.
A mãe relata, em entrevista ao canal americano Fox News, que bastaram três dias sem glúten e laticínios para que o garoto voltasse a dormir bem, algo que não acontecia há muito tempo.
O doutor Bock explica que o intestino é uma espécie de cérebro.
E, por isso, a dieta pode afetar sim o autismo e outras doenças relacionadas com a mente.
No estudo “Autismo e Terapia Dietética: Relato de Caso e Revisão da Literatura”, as autoras, Martha R. Herbert e Julie A. Buckley, relatam o caso de uma criança com autismo e epilepsia que, após uma resposta insatisfatória a outras intervenções, foi colocada em uma dieta livre de glúten e caseína.
Depois dessa dieta, ela mostrou melhora acentuada nos sintomas autistas e clínicos.
Em seguida, por não conseguir o controle completo das convulsões farmacologicamente, a criança foi promovida a uma dieta cetogênica que foi personalizada para continuar com o regime livre de glúten e caseína.
Nesta dieta, embora ainda continuando com anticonvulsivantes, ela mostrou melhora significativa na atividade convulsiva.
A dieta cetogênica livre de caseína sem glúten utilizava triglicerídeos de cadeia média.
Os benefícios secundários incluíram a resolução da obesidade mórbida e melhoria das características cognitivas e comportamentais.
Ao longo de vários anos após o seu diagnóstico inicial, a pontuação na escala de autismo diminuiu de 49 para 17, representando uma mudança de grave para não-autismo, e seu quociente de inteligência aumentou 70 pontos.